Quando falamos em demência, é comum que a primeira palavra que venha à mente seja Alzheimer. De fato, ele é o tipo mais conhecido e representa a maior parte dos diagnósticos. Mas o Alzheimer não é a única forma de demência, e compreender essa diferença é essencial para oferecer o cuidado adequado a cada pessoa.
O termo demência não se refere a uma doença específica, mas a um conjunto de sintomas que afetam a memória, o raciocínio, o comportamento e a capacidade de realizar atividades do dia a dia. O que muda é a causa por trás desses sintomas — e é isso que diferencia os tipos de demência.
Entre as mais comuns, destacam-se:
Doença de Alzheimer: Causada pelo acúmulo anormal de proteínas no cérebro (beta-amiloide e tau), que leva à morte progressiva das células cerebrais e à perda gradual da memória e da capacidade cognitiva.
Demência Vascular: Decorre de interrupções na circulação sanguínea do cérebro, geralmente após pequenos acidentes vasculares cerebrais (AVCs), que danificam áreas responsáveis pelo raciocínio e pela atenção.
Corpos de Lewy: Provocada pelo acúmulo de uma proteína chamada alfa-sinucleína nos neurônios, o que afeta o controle dos movimentos, a atenção e a percepção visual, podendo causar alucinações.
Frontotemporal: Resulta da degeneração dos lobos frontal e temporal do cérebro, responsáveis pelo comportamento, linguagem e emoções. É mais comum em pessoas com menos de 65 anos.
Demência Mista: Surge quando duas ou mais causas estão presentes ao mesmo tempo, como a combinação de Alzheimer e Demência Vascular, o que pode intensificar os sintomas.
Além dessas, existem formas mais raras, relacionadas a traumas cranianos, infecções, deficiências nutricionais ou outras doenças neurológicas.
Na Residência Primaveras, acreditamos que compreender o tipo de demência é compreender também a pessoa por trás do diagnóstico. Cada história merece ser acolhida com respeito, empatia e amor, para que o cuidado vá além do tratamento, e se torne uma forma de presença e dignidade.