31-07-2025

Como identificar a dor em idosos com afasia e transtornos de comunicação

Identificar se um idoso portador de afasia ou outro transtorno de comunicação está sentindo dor, onde e qual intensidade, é um desafio que exige de nós uma percepção e atenção a detalhes.

Considerando que cada pessoa expressa a dor de forma diferente, nesse caso específico é fundamental conhecer o comportamento do idoso, como ele reage a sensações físicas e estar atento a pequenas alterações.

Embora nessa situação, o idoso não consiga falar ou mostrar onde e qual é o tipo de dor, é possível interprestar por meio de sinais não verbais e comportamentais que ajudam bastante.

Abaixo, estão algumas estratégias práticas que podem contribuir com a identificação da dor:

Observe mudanças no comportamento, como:

• Agitação ou inquietação: mexer-se mais do que o normal, tentar levantar sem motivo.
• Agressividade incomum: empurrar, gritar, resistir ao toque.
• Retraimento: ficar mais quieto ou isolado, recusar-se a participar de atividades.
• Alterações no sono: insônia, acordar gritando ou assustado.

Expressões faciais e sons

• Caretas ou expressão de sofrimento: franzir a testa, cerrar os dentes, morder os lábios.
• Choro, gemido ou grunhido: mesmo que baixos ou ocasionais.
• Suspirar com frequência ou respirar rápido demais.

Postura e movimento

• Proteção de partes do corpo: segurar ou cobrir uma parte do corpo.
• Movimentos limitados: evitar se mexer, rigidez, lentidão.
• Recusa em ser tocado ou movimentado.

Oscilações fisiológicas

• Aumento da frequência cardíaca ou respiratória.
• Suor sem causa aparente.
• Pele fria, pálida ou com manchas.
• Mudança no apetite ou recusa em comer.

 

À medida em que as mudanças e expressões se intensificam, também é possível entender a intensidade da dor e o toque pode ajudar a identificar onde é o foco.

Porém, o mais importante é que, assim que se perceba qualquer alteração no dia a dia do idoso que não consegue se comunicar, é procurar imediatamente atendimento médico para análise clínica e acompanhado de algum familiar ou cuidador que tem a percepção sobre o cotidiano do paciente.