Todos nós somos seres sociais e psíquicos, ou seja, precisamos uns dos outros para constituir uma relação humana, caso contrário não sobreviveríamos. O convívio de dá de algumas maneiras como a comunicação, sentimentos, emoções boas ou ruins e todas as vivências com as quais nos deparamos pela vida sendo que algumas se destacam sobre as outras e assim vamos construindo nossa história e nossa forma de lidar com as situações construindo nosso repertório de acordo com o que cada um de nós teve como registro em nossos cérebros. Assim, vamos tornando “naturais” a nossa constituição de vida e a maneira como reagimos às aos acontecimentos, ditando nosso comportamento emocional e também o cerebral - nesse caso podemos nos basear no conceito da plasticidade ou neuroplasticidade cerebral, cujo estudo vem sendo aprofundado nos últimos anos e demonstrando que, assim como a prática de exercícios físicos ajuda na regeneração de músculos, existe também a possibilidade de mudanças e ressignificações na vida das pessoas, trazendo uma capacidade adaptativa dos circuitos neurais, jogando por terra um antigo conceito de que o cérebro era estático.
Ou seja, a neuroplasticidade traduz de maneira fiel a enorme capacidade dos neurônios em modificar suas funções e sua organização química e sua recuperação de uma lesão no Sistema Nervoso central, por exemplo, dessa forma, corpo, mente e cérebro compõem juntos uma estrutura dinâmica.
Em tempos remotos se acreditava que o cérebro só podia se modificar durante os primeiros anos de vida, porém a partir dos anos 90, estudos apontaram que pode continuar se desenvolvendo e aprimorando sua capacidade plástica ao longo da vida.
Fundamental então buscar a mudança no nosso comportamento e pensamentos para ajudarmos a fortalecer as funções dos neurônios, inclusive quando ocorrer algum acidente cerebral ou doença neurodegenerativa.
“Bora”, exercitar e manter trabalhando esse maravilhoso aparelho, que embora normalmente tenha um peso médio de 1,5 quilos, consome em média 20% da energia para manter toda a estrutura corporal.
Como estimular nossas habilidades cognitivas?
∙ Aprenda coisas novas. Qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?
∙ Procure se alimentar de maneira saudável considerando peixes, frutas vermelhas, ovos, azeite e oleaginosas.
∙ Faça coisas com a mão não dominante, isso o fará exercitar o cérebro. Quem sabe você se descobre um ambidestro.
∙ Pratique jogos sejam de tabuleiros, quebra-cabeças, jogos da memória, palavras cruzadas e porque não, jogos virtuais.
∙ Priorize uma boa noite de sono, essencial para fortalecer conexões cerebrais.
∙ Leia sempre, esse é um dos exercícios mais eficazes, capaz de construir repertório de palavras e de conhecimento, e exercita a capacidade de concentração.
∙ Construa narrativas. Relate fatos para amigos e familiares prestando atenção na percepção sobre o que está contando.
∙ Ouça histórias e preste atenção em cada detalhe.
Aqui na Primaveras estimulamos cada um de nossos residentes e hóspedes a praticarem exercícios de neuroplasticidade a fim de fortalecer as atividades cognitivas.