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  • 15-12-2022
  • As fases do processo demencial. Como ajudar o cuidador familiar e o idoso?

    Embora já exista uma melhora no que se refere ao controle e prevenção por meio do estímulo de uma vida saudável, que podem influenciar na diminuição da incidência de demência, o número de acometidos pela doença tende a crescer, acompanhando o exponencial aumento no envelhecimento da população.

    A partir dos 65 anos ocorre uma diminuição natural das funções cognitivas, porém sabemos que parte da população sofre de uma síndrome clínica que pode levar a graves prejuízos funcionais, alterando comportamento e em determinado momento surge a dúvida sobre o quadro que estamos acompanhando do nosso ente querido, principalmente quando um idoso demonstra perda da memória recente. O que requer uma avaliação médica minuciosa, tanto física quanto neurológica diante dos primeiros sinais para que se tenha uma direção de tratamento e prevenção contra uma evolução da doença e por consequência a manutenção da autonomia e qualidade de vida da pessoa idosa.

    Recentemente a Associação de Psiquiatria Americana mudou alguns conceitos sobre o que se refere a demência e transtornos cognitivos, inclusive a nomenclatura e então o que era denominado “demência” passou a ser identificado como TNM – Transtorno Neurocognitivo Maior, e demência propriamente dita fica restrita aos transtornos neurocognitivos, devido ao processo neurodegenerativo.

    Quais são os primeiros sinais?

    Por meio de estudos e experiência, entendemos que os primeiros sinais de um possível transtorno cognitivo maior ocorre quando o idoso passa a ter falhas constantes de memória, mudança brusca de humor sem motivo aparente, passa ater dificuldade na fala ou até mesmo de se expressar. Outro sinal comum é quando de repente se perde no tempo e no espaço onde está e passa a não ter a mesma habilidade em suas atividades rotineiras, como cozinhar, administrar contas ou dinheiro, por exemplo e passa a comprometer as atividades instrumentais da vida diária (AIVC).

     

    Porém, por ser uma doença progressiva inclui também, evolutivamente:

     

    • Perda das funções cognitivas, como memória, concentração, atenção, comunicação e linguagem;
    • Rigidez muscular e perda da coordenação motora
    • Alucinações
    • Alterações na percepção da distância e altura que pode levar a quedas frequentes;
    • Dificuldade para pegar no sono, fala ou gritos durante o sono.
    • Depressão e apatia.

    Um olhar para quem cuida.

    Aos poucos vem ganhando destaque a compreensão das necessidades de quem cuida de um familiar no processo demencial.

    O estresse causado pelo profundo envolvimento com o paciente, as obrigações que muitas vezes ocupam 24 horas do dia, quando até mesmo ao dormir estão em alerta, acompanhando inclusive a agitação noturna do doente.

    Sim, o cuidador precisa ter a verdadeira noção de suas obrigações, mas precisam também lembrar que tem direitos, anseios e principalmente, que para cuidar do outro precisa primeiro cuidar de si.

    Haverá momentos em que este cuidador precisará de ajuda, compreensão e colo quando estiver aborrecido, pois ao dedicar-se inteiramente ao doente passa a negligenciar seu próprio bem estar. Infelizmente, muitas vezes ocorrem situações em que os demais familiares tentam manipulá-lo, impondo um sentimento de culpa, quando na verdade, deveriam entender que todo ser humano tem direito a sua individualidade e a felicidade.

    Aos poucos a compreensão do cuidar preventivamente deste cuidador vem tomando corpo. Entendemos que uma pessoa que recebe atenção sobre suas próprias necessidades terá melhor condições para conduzir as inúmeras obrigações com o doente. O tratamento preventivo deste cuidador reflete visivelmente no seu atendimento.

    É muito importante que esta compreensão ocorra de forma preventiva evitando que o cuidador chegue ao seu limite de estresse e passe a ser mais um doente.

    Cabe a nossa empatia e atenção ao permitir que este cuidador desfrute da vida social, afetiva e até de alguma atividade profissional. Enfim, esta pessoa tem o direito de ser feliz, ter sua autoestima elevada, para continuar a cuidar de quem precisa dela.

    Portanto, para ambos os envolvidos, seja o familiar ou o idoso acometido pelo transtorno cognitivo progressivo, cabe a compaixão e a gentileza de oferecer a escuta ativa acompanhado de muito carinho e generosidade.

    A Residência Primaveras – Casa de Repouso e Centro Dia, está preparada para receber seu familiar com todo o carinho e competência, um jeito diferente de acolher e cuidar.


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