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  • 16-01-2018
  • Ansiedade em adultos mais velhos pode ser um indicador para Alzheimer

    Ansiedade em Adultos pode ser um indicador de Alzheimer

    Os sintomas servem como alerta para a doença, diz pesquisa. Níveis altos de proteína associada também ajudam a piorar quadro.
    O agravamento de sintomas da ansiedade em adultos mais velhos serve como um ‘aviso’ para o desenvolvimento do Alzheimer mais tarde, aponta pesquisa publicada no "The American Journal of Psychiatry".
    Cientistas observaram que quanto maiores os níveis de proteína associada à demência, a beta amiloide, mais significativos se transformavam os sintomas de ansiedade.
    Essa proteína envolve neurônios e 'atrapalha' a comunicação entre eles – o que é um gatilho, por exemplo, para os característicos problemas de memória associados à condição.

    Sobre a Doença de Alzheimer

    Segunda a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Alzheimer é uma condição que causa o declínio da função cognitiva e a incapacidade de realizar atividades da vida diária. Atualmente, não existe tratamento para curar a doença ou alterar de forma satisfatória sua progressão.
    Agora, pesquisadores da Brigham and Women's Hospital, nos Estados Unidos, também observaram que níveis elevados do composto piora sintomas neuropsiquiátricos.
    Isso sustenta a hipótese de que o surgimento ou a piora de problemas de saúde mental representam uma manifestação precoce da doença em adultos mais velhos.

    Ansiedade e depressão

    Cientistas estudaram 270 homens e mulheres cognitivamente normais, entre 62 e 90 anos. Eles foram acompanhados por cinco anos.
    Estudos anteriores já demonstraram, por exemplo, que a depressão é um preditor da doença, que tende a se desenvolver após 10 anos do agravamento dos sintomas.
    O que os pesquisadores investigaram agora foi um traço específico da depressão, a ansiedade, que costuma vir associada à doença. O que ficou observado é que foram especificamente os sintomas ansiosos que estiveram mais relacionados à progressão da beta amiloide no cérebro.

    Por ser uma proteína pré-definida em relação ao Alzheimer, a beta amiloide cria placas no cérebro que impossibilitam ou dificultam a comunicação dos neurônios, sendo o motivo pelo qual acredita-se ser a principal razão dos problemas cognitivos da doença.

    No entanto, uma nova pesquisa indica que tais disfunções nos neurônios podem se manifestar até 10 anos antes de qualquer sinal de perda de memória.

    Nova Descoberta Pode Ajudar na Prevenção do Alzheimer

    Os pesquisadores reconhecem que a associação entre a beta amiloide e a ansiedade não está completamente definida pela necessidade de aprofundar a relação entre o desenvolvimento do Alzheimer e a piora no quadro de ansiedade.

    Ainda assim, este é um importante achado que pode indicar uma significativa relação e um significativo caminho na prevenção e identificação precoce da doença de Alzheimer. “Se pesquisas futuras comprovarem a ansiedade como um indicador precoce, seria importante não apenas para identificar as pessoas no início da doença, mas também como forma de tratar e potencialmente desacelerar ou prevenir o processo da doença já em um estágio inicial”, aponta a médica Nancy Donovan, pesquisadora chefe do estudo.


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