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  • 27-02-2021
  • O Idadismo e o efeito do “Inho” para o idoso

    Diante do envelhecimento da população em todo o mundo, torna-se essencial trazer uma reflexão sobre a questão do idadismo, uma forma de preconceito ainda pouco debatida, baseada na discriminação e marginalização das pessoas por conta da idade avançada, o que leva os idosos muitas vezes à exclusão social.

    Assim como no Brasil, o cenário mundial está em transformação, já não podemos considerar como base da pirâmide a representação de crianças e recém-nascidos, desta forma é chegada a hora de promovermos discussões objetivando a quebra de paradigmas em relação à longevidade e desconstruir a figura do idoso como um indivíduo fora do contexto social.

    O processo de envelhecimento é algo muito particular e nunca será igual entre os seres humanos, cada um traz seu DNA, experiências vividas, estilo de vida e histórico de saúde. É leviano atribuir o envelhecimento apenas ao fator cronologia. É esse pré-conceito que leva ao estereótipo, associando a figura do velho à ausência de potencial e ainda, como alguém que não tem mais sonhos, quando na verdade ocorre o contrário e para muitos é chegado o momento das realizações adiadas no passado.

    Partindo deste contexto, o idadismo é extremamente prejudicial ao idoso, atribuindo-o precocemente e somente por conta da idade, a incapacidade de escolhas e a falta de autonomia. Fato este que acaba por excluir a pessoa idosa do ambiente sócio - cultural, potencializando a fragilidade que acompanha a senescência, o que certamente causa mais tristeza do que o próprio medo da finitude. Este preconceito se dá de várias maneiras, seja em ambientes familiares e até mesmo nos serviços de saúde.

    Uma prática muito comum ocorre quando um familiar ou profissional da saúde, ao querer ser gentil, se dirige ao idoso com palavras no diminutivo (docinho, dorzinha, comidinha), entonação alta e ritmo muito lento, dando a conotação de estar se dirigindo a uma criança. Além de colocar o idoso em uma condição infantilizada faz com que ele se sinta diminuido em sua capacidade.

    Já existem estudos comprovando que, mesmo para os indivíduos acometidos de doenças cognitivas, esta forma de tratamento não aponta nenhuma eficácia, segundo uma pesquisa publicada no The Gerontologist da Universidade de Oxford.

    Trata-se de uma reflexão muito séria, acerca da nova realidade. Embora o passar dos anos seja inexorável, existem muito casos de envelhecimento ativo no qual o indivíduo que chegou na terceira idade, se mantém lúcido e capaz de realizar suas próprias escolhas, realizar sonhos e levar uma vida muito saudável exercitando-se física e cognitivamente.

    Sabemos que é um privilégio envelhecer e todos nós queremos vida longa, que tal nos colocarmos no lugar dos nossos familiares idosos e pensarmos na maneira pela qual queremos ser tratados no futuro. Cabe a cada um de nós, contribuir para a inclusão do idoso na sociedade, reconhecendo sua capacidade e respeitando suas vivências.

    Na Residência Primaveras - Casa de Repouso e Centro Dia, estamos sempre atentos à melhor forma de inclusão e por aqui o idadismo é tema de discussão para que façamos sempre o melhor visando a inclusão e manutenção da felicidade e direito de escolha dos nossos residentes e hóspedes.


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